Ao longo da vida cuidamos do nosso corpo, despendemos tempo no cabeleireiro ou barbeiro, usamos máscara para o rosto, pintamos as unhas. Vamos um dia ou mais por semana ao ginásio, com a intenção de sermos mais saudáveis.

Está correto, a preocupação com o bem-estar e a saúde é o mais importante, porque um corpo saudável é o passaporte para uma vida tranquila.

Mas poucos de nós se preocupa com a saúde mental, ou quando se preocupa já existe uma patologia que compromete o bem-estar.

A par do exercício físico devemos fazer também exercício mental, pois o cérebro à medida que envelhece vai enfraquecendo e como consequência, vão se perdendo ligações neuronais.

Até há pouco tempo se pensava que o cérebro chegando à fase adulta deixaria de produzir novos neurónios, mas com o aparecimento das neurociências esta teoria foi desacreditada.

O conceito de neuroplasticidade, veio provar que o cérebro perante novos desafios, lesões ou traumas, pode recuperar e criar novas conexões, para isso acontecer devemos estimular e reeducar o cérebro para a criação de novas ligações cerebrais.

São boas notícias pois de acordo com esta descoberta e com as evidências observadas, conseguimos prevenir e retardar o envelhecimento mental e por vezes algumas demências.

O objectivo principal é trabalhar todos os sentidos, aliar hábitos alimentares e físicos aos quotidiano, fugir da rotina e evitar o piloto automático.

Infelizmente este tema da saúde mental, não desperta interesse para a sociedade, os mais novos deixam esta preocupação para mais tarde, os mais velhos acham que não têm capacidade de mudar, pois estão cansados…

O pensamento tem que ser alterado, pois é muito fácil e está acessível a todos a capacidade de criar e fortalecer novas conexões cerebrais.

Vamos pensar nisto? Vamos começar a treinar?

É muito Importante o convívio, promover a auto estima, conversar, ter um passatempo.

Caminhadas com os amigos, ou até fazer novos amigos. O contacto e a troca de experiências com outras pessoas, permite-nos criar novos caminhos no cérebro, pois estamos a ouvir algo novo.

Arriscar, não obrigatoriamente atirar-nos de uma ponte, mas alterar rotinas, mudar de passeio, escrever com a mão esquerda, tomar banho de olhos fechados.

Contrariar o que fazemos sempre do mesmo modo, usar a mão menos fluente para escovar os dentes, apertar os botões ou abrir a porta.

Cheirar a fruta, as especiarias, sentir a terra e o abraço de um amigo.

Já existem nas livrarias muitos livros com exercícios práticos, para treinar o cérebro, comece já hoje, pois se não usarmos o cérebro vamos perdê-lo!

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